Semana Nacional de Combate ao Aedes

Semana Nacional de Combate ao Aedes

26 de novembro de 2018


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Começou a Semana Nacional de Combate ao Aedes nos estados e municípios A partir desta data até o dia 30 a população de todo o país está convocada para unir esforços no enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya. No total, 210 mil unidades públicas e privadas de todo o país estão sendo mobilizadas, sendo 146 mil escolas da rede básica, 11 mil Centros de Assistência Social e 53 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS).  A semana fecha com o dia D (30/11) de combate ao Aedes, com a realização de mutirões de limpeza em todos os espaços, incluindo os órgãos públicos.

A Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) do Ministério da Saúde orientou estados e municípios a realizarem atividades para instruir as comunidades sobre a importância da prevenção e combate ao mosquito. Entre as atividades planejadas para a semana estão visitas domiciliares, distribuição de materiais informativos e educativos, murais, rodas de conversa com a comunidade, oficinas, teatros e gincanas.

A mobilização pretende mostrar que a união de todos, governo e população, é a melhor forma de derrotar o mosquito, principalmente nos meses de novembro a maio, considerados o período epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Neste período, o calor e as chuvas são condições ideais para a sua proliferação.

“O verão é o período que requer maior atenção e intensificação dos esforços para não deixar o mosquito nascer. No caso da população, além dos cuidados, como não deixar água parada nos vasos de plantas, é possível verificar melhor as residências, apoiando o trabalho dos agentes de endemias. Esses profissionais utilizam técnicas simples e diferenciadas para vistoriar as casas, apartamentos e espaços abertos”, explica o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Divino Martins.

Dados nacionais apontam redução nas três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, entre janeiro a novembro de 2018, em comparação com o mesmo período de 2017, porém, alguns estados apresentam aumento expressivo de casos de dengue, Zika ou chikungunya. Por isso, é necessário intensificar agora as ações de eliminação do foco do mosquito para evitar surtos e epidemias das três doenças no verão.

AÇÕES PERMANENTES DE COMBATE AO AEDES

As ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti são permanentes e tratadas como prioridade pelo Governo Federal. Desde a identificação do vírus Zika no Brasil e sua associação com os casos de malformações neurológicas, o governo mobilizou todos os órgãos federais (entre ministérios e entidades) para atuar conjuntamente, além de contar com a participação dos governos estaduais e municipais na mobilização de combate ao vetor.

Todas as ações são gerenciadas e monitoradas pela Sala Nacional de coordenação e Controle para enfrentamento do Aedes que atua em conjunto com outros órgãos, como o Ministério da Educação; da Integração, do Desenvolvimento Social; do Meio Ambiente; Defesa; Casa Civil e Presidência da República. A Sala Nacional articula com as Salas Estaduais e Municipais as ações de mobilização e também monitora os ciclos de visita a imóveis urbanos no Brasil, que são vistoriados pelos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias.

Como o combate ao Aedes aegypti deve durar todo o ano, a interação entre diversos setores ajuda neste trabalho. Cada município é convidado a criar a sua sala de situação, seguindo o modelo das salas estaduais e nacional. Já foram instituídas 2.166 salas municipais em no país.

O Ministério da Saúde também oferece, continuamente, aos estados e municípios apoio técnico e fornecimento de insumos, como larvicidas para o combate ao vetor, além de veículos para realizar os fumacês, e testes diagnósticos, sempre que solicitado pelos gestores locais

Para estas ações, a pasta tem garantido orçamento crescente aos estados e municípios. Os recursos para as ações de Vigilância em Saúde, incluindo o combate ao Aedes aegypti, cresceram nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões, em 2010, para R$ 1,93 bilhão em 2017. Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya e é repassado mensalmente a estados e municípios. Além disso, desde novembro de 2015, foram destinados cerca de R$ 465 milhões para pesquisas e desenvolvimento de vacinas e novas tecnologias. Neste ano, o orçamento destinado para as ações de vigilância em saúde é de R$ 1,9 bilhão.

CAMPANHA

Desde o dia 13 de novembro, circula em todo o país a nova campanha publicitária de combate ao mosquito Aedes aegypti, que tem como objetivo mobilizar toda a população sobre a importância de intensificar, neste período que antecede o verão, as ações de prevenção contra o mosquito. Com o slogan “O perigo é para todos. O combate também. Faça sua parte. Com ações simples podemos combater o mosquito“, a campanha ressalta que a união de todos, governo e população, é a melhor forma de derrotar o mosquito, e que a vigilância deve ser constante.

Juntamente com a campanha, o Ministério da Saúde tem divulgado em suas redes sociais informações de orientação e vídeos tutoriais no Youtube que orientam a população a realizar as vistorias em casas, prédios e espaços abertos. São técnicas simples que a população pode fazer.

INFESTAÇÃO DO AEDE AEGYPTI É A MAIOR JÁ REGISTRADA EM SANTA CATARINA

A última semana do mês de Novembro será marcada por uma mobilização nacional de combate ao Aedes aegypti. Entre os dias 26 e 30, os municípios de Santa Catarina desenvolverão diversas ações para conscientizar a população sobre a importância da eliminação dos criadouros do mosquito. O Dia D de mobilização está marcado para o dia 30.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde Santa Catarina (SES) alerta que as ações de controle ao mosquito Aedes aegypti continuam sendo a melhor estratégia para evitar a dengue, o zika vírus e a febre de chikungunya. “É importante promover a limpeza de calhas, de piscinas e de outros locais que possam acumular água, além de descartar corretamente o lixo”, reforça João Fuck, coordenador da Sala de Situação Estadual para o Controle ao Aedes aegypti.

O coordenador ainda faz um alerta para toda a população de que é preciso redobrar a atenção na vistoria semanal às suas casas e quintais, especialmente nesse período do ano, no qual as condições climáticas são favoráveis, “Ao eliminar depósitos e recipientes que possam acumular água, ajudamos a evitar a proliferação do mosquito”, ressalta Fuck.

O Estado vem passando por uma mudança de perfil relacionado à presença do Aedes aegypti e à transmissão das três doenças. Conforme Eduardo Macário, diretor da DIVE, a infestação atual é a maior já registrada no território catarinense. Além disso, há a circulação de outro sorotipo de dengue (DEN2) neste ano, uma variação da dengue. Até então apenas o DEN1 circulava em Santa Catarina.

Os sorotipos são DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4. Com isso, uma pessoa pode contrair a doença até quatro vezes ao longo da sua vida, já que a infecção gera imunidade somente contra aquele sorotipo já adquirido. Importante ressaltar que os sintomas da doença são os mesmos, independentemente do sorotipo, sendo: febre, dores de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos, manchas pelo corpo, entre outros. “Por isso, é tão importante que todos tenham consciência que eliminar o mosquito é a forma mais eficaz de controlar as três doenças. Cada um precisa fazer sua parte e verificar locais onde possa ter água parada”, afirma Macário.

Situação de Santa Catarina

 Até o dia 17 de Novembro desse ano foram registrados 14.014 focos de Aedes aegypti, representando um aumento de 38.6% em relação ao mesmo período do ano passado. Esses focos estão concentrados em 159 municípios, dos quais 75 são considerados infestados.

Neste mesmo período foram registrados 57 casos de dengue. Desses, 34 são autóctones, 13 importados e 10 indeterminados autóctones (casos contraídos no estado, mas sem a possibilidade de definição do Local Provável de Infecção -LPI). Em 21 amostras, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) identificou o sorotipo de dengue sendo 10 de DEN1 e 11 de DEN2.

Com relação à febre de chikungunya, foram confirmados 15 casos. Desses, 11 são importados e quatro autóctones. Apenas um caso de zika foi confirmado em Santa Catarina. Ele foi identificado como importado. Esse cenário aponta para um risco iminente de transmissão dessas doenças no Estado, especialmente com a chegada do calor e do período de chuvas.

A realização de ações conjuntas e coordenadas entre diversos setores são fundamentais para o controle do mosquito Aedes aegypti em todos os municípios. “Diversas ações já são desencadeadas ao longo do ano. Mas durante a semana nacional de mobilização elas são intensificadas e envolvem vários setores como  Educação, Meio Ambiente, Defesa Civil e Obras, entre outros. É muito importante essa união para eliminarmos os focos do mosquito”, afirma Suzana Zeccer, gerente de Zoonoses da DIVE.

Ações desenvolvidas

 As atividades da semana de mobilização em Santa Catarina começaram ainda no dia 12 deste mês, com uma videoconferência no Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CIGERD), na Defesa Civil, na capital. O objetivo foi alertar os profissionais da saúde dos municípios sobre a importância da eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti. A apresentação foi transmitida para 18 CIGERDs do Estado, envolvendo aproximadamente 300 profissionais.

Desde o dia 21 deste mês começaram a ser divulgados, diariamente, materiais informativos nas redes sociais da SES. Essas informações, que se estenderão até o dia D, são cards e vídeos com o objetivo de indicar os locais que podem acumular água e os cuidados para evitar que isso ocorra.

No dia 28, durante o Congresso das Secretarias Municipais de Saúde, em Nova Veneza, será divulgado o Levantamento Rápido de Índices (LIRAa) para o Aedes aegypti de 2018. O LIRAa serve como instrumento para nortear medidas de ações de controle ao Aedes aegypti.

Foto: Robson Valverde

 

Com informações Agência Saúde e Assessoria de imprensa DIVE/SES


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