Sendo frequentes as dúvidas sobre a implantação de “farmácias solidárias” que objetivam estimular a doação, o reaproveitamento e a distribuição de medicamentos para a população, provenientes de doações da comunidade e instituições da sociedade civil, é importante alertar sobre a responsabilidade dessas farmácias em relação à origem e à garantia da qualidade dos medicamentos.
Ao permitir que estabelecimentos recebam medicamentos da população para redistribuição a outros pacientes, além de descumprir a legislação sanitária, não serão garantidas a rastreabilidade e as informações de que os medicamentos foram conservados adequadamente (ex. temperatura, umidade, proteção de luminosidade etc), segundo orientações dos fabricantes. A mera conferência visual do produto, sem o registro das informações de conservação ao longo da cadeia de distribuição, são insuficientes para a aferição da qualidade dos medicamentos.
As “farmácias solidárias” não são iniciativas previstas nas Políticas de Assistência Farmacêutica do SUS e não substituem as farmácias públicas.
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