As novas regras de enfrentamento ao coronavírus em Santa Catarina, publicadas em decreto na última sexta-feira (18), foram criticadas por entidades integrantes do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), em nota divulgada à sociedade catarinense neste domingo (20).
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No documento, o grupo que assina desaprova a decisão do governo do Estado de permitir as aberturas de casas noturnas, parques aquáticos, cinemas, teatros, museus e a realização de eventos, entre outras flexibilizações que resultem em “mais aglomeração do que até então era permitido”, e citam a lotação dos leitos de terapia intensiva (UTI), o número de regiões em risco gravíssimo e “o pico mais alto da pandemia (em SC) desde o início das medidas de contenção da doença, em março”.
Neste domingo, segundo boletim do governo estadual, SC tem 87,6% da ocupação geral de UTIs pelo SUS ocupadas, metade das vagas por pacientes em tratamento contra o coronavírus e 25,9 mil pacientes ativos – infectados e ainda capazes de transmitir o vírus. No mesmo dia, mais 38 mortes pela doença foram confirmadas, somando 4.706 vidas perdidas por complicações da covid-19.
A mesma nota diz que “o grupo entende que é preciso observar com rigor as recomendações técnicas das equipes de Vigilância Epidemiológica” e afirma que as “decisões (de flexibilização) nunca passaram pelo conhecimento destes que participam do COES”.
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Assinaram o documento a Associação de Hospitais do Estado de Santa Catarina (Ahesc), o Centro de Apoio do Direitos Humanos e Terceiro Setor do Ministério Público de Santa Catarina, a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/SC).
Procurado, o governo do Estado ainda não se manifestou sobre a nota.
FONTE: DC/NSC TOTAL