No texto, os gestores pedem que o Plano de Vacinação seja alterado “considerando a distribuição de doses de vacinas para os estados baseado na estimativa populacional e não mais por grupos de priorização”e elenca cinco justificativas. 

Entre elas, estão a vacinação equitativa, já que as estimativas de grupos prioritários são, muitas vezes, imprecisas. O documento considera que projeções maiores do que o real provocam ‘sobras’ de doses e menores do que o real impedem a cobertura completa. 

Outro argumento indica que a população entre 55 e 60 anos não foi vacinada, diferente da faixa etária entre 60 e 65 anos. O texto cita que ambos os grupos podem ter complicações pela doença, até mesmo maior do que jovens com comorbidades, por exemplo.

A proposta elenca ainda mais duas razões. Uma é a dificuldade em comprovar o pertencimento ao grupo prioritário, com exigência de farta documentação, o que deixa o processo moroso e demanda um olhar atento para fraudes. Outro são “pressões políticas de sindicatos e grupos profissionais” para ingressarem como público prioritário. 

O documento acertado com outros gestores no início da semana foi apresentado na reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que gere as políticas do SUS no país em paridade com União, estados e municípios. O grupo catarinense pediu ainda aumento da oferta de doses e um olhar especial para o Sul, já que o inverno está chegando e o período tem tradição de elevação de doenças respiratórias.